Quarta-feira, 12 de agosto de 2009 - 10h18
da Redação, com Agência Estado
Geólogos das universidades de Brasília e do Ceará começaram nesta quarta-feira a rastrear o solo da antiga base militar da Casa Azul, em Marabá, em busca de ossadas de integrantes da Guerrilha do Araguaia, movimento armado contra a ditadura (1972-1975). As escavações, que devem ocorrer a partir desta quinta-feira, incluem nesta primeira fase o sítio Tabocão, em São Domingos do Araguaia, o antigo garimpo do Matrinxã e a Clareira Cabo Rosa, em Brejo Grande.
Esses locais são apontados como áreas de fuzilamento que não estavam na lista inicial de pontos que seriam analisados pela expedição montada pelo Ministério da Defesa para buscar corpos, com exceção da Casa Azul. A decisão do grupo de priorizar essas áreas foi tomada após análise de depoimentos de ex-guias do Exército e moradores.
Responsável pela logística da expedição, o general Mário Lúcio Araújo, da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, elogiou o trabalho da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, que atua em parceria com os militares. Ele avaliou que as informações recolhidas pela entidade "agregaram valor" ao trabalho de localização de corpos de guerrilheiros. Dos 14 pontos previstos originalmente para escavações, sete foram provisoriamente abandonados.
Até o final de outubro, início das chuvas na Amazônia, o grupo de especialistas ainda rastreará com dois radares do tipo GPR os solos das antigas bases da Bacaba e de Xambioá, a fazenda Grota Fria, a região de Dois Coqueiros, a Base Cabo Rosa e a Reserva Indígena Sororó. Não está descartada a inclusão de novas áreas de buscas.
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento contrário à ditadura militar organizado pelo Partido Comunista do Brasil no início da década de 1970. Oficialmente, não há números de quantas pessoas morreram nas ações do Exército com o objetivo de desmantelar o movimento.
O PCdoB estima que existem mais de 60 mortos. Relatos de militares que participaram da repressão, como é o caso do coronel Sebastião Curió, conhecido como Major Curió, já falam em pouco mais de 40.
http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo.asp?ID=164945
da Redação, com Agência Estado
Geólogos das universidades de Brasília e do Ceará começaram nesta quarta-feira a rastrear o solo da antiga base militar da Casa Azul, em Marabá, em busca de ossadas de integrantes da Guerrilha do Araguaia, movimento armado contra a ditadura (1972-1975). As escavações, que devem ocorrer a partir desta quinta-feira, incluem nesta primeira fase o sítio Tabocão, em São Domingos do Araguaia, o antigo garimpo do Matrinxã e a Clareira Cabo Rosa, em Brejo Grande.
Esses locais são apontados como áreas de fuzilamento que não estavam na lista inicial de pontos que seriam analisados pela expedição montada pelo Ministério da Defesa para buscar corpos, com exceção da Casa Azul. A decisão do grupo de priorizar essas áreas foi tomada após análise de depoimentos de ex-guias do Exército e moradores.
Responsável pela logística da expedição, o general Mário Lúcio Araújo, da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, elogiou o trabalho da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, que atua em parceria com os militares. Ele avaliou que as informações recolhidas pela entidade "agregaram valor" ao trabalho de localização de corpos de guerrilheiros. Dos 14 pontos previstos originalmente para escavações, sete foram provisoriamente abandonados.
Até o final de outubro, início das chuvas na Amazônia, o grupo de especialistas ainda rastreará com dois radares do tipo GPR os solos das antigas bases da Bacaba e de Xambioá, a fazenda Grota Fria, a região de Dois Coqueiros, a Base Cabo Rosa e a Reserva Indígena Sororó. Não está descartada a inclusão de novas áreas de buscas.
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento contrário à ditadura militar organizado pelo Partido Comunista do Brasil no início da década de 1970. Oficialmente, não há números de quantas pessoas morreram nas ações do Exército com o objetivo de desmantelar o movimento.
O PCdoB estima que existem mais de 60 mortos. Relatos de militares que participaram da repressão, como é o caso do coronel Sebastião Curió, conhecido como Major Curió, já falam em pouco mais de 40.
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