Pular para o conteúdo principal

SEZOSTRYS PARTICIPA DE ENCONTRO DO PTP



16/11/2008
Região Carajás avalia andamento de obras incluídas no PTP

Com participação recorde para a região do Carajás, os conselheiros do Planejamento Territorial Participativo (PTP), do Governo do Pará, reuniram-se neste sábado (15) no auditório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na cidade de Marabá, sudeste do Estado. Do total de 260 conselheiros regionais, 200 deles estiveram presentes na plenária. Na pauta de discussão, o balanço das obras da região incluídas na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2008, e a apresentação da LOA 2009.
Os coordenadores do PTP e representantes dos órgãos do governo expuseram aos conselheiros como está o andamento das obras e serviços eleitos pelo povo, incluindo os que já entraram em execução e aqueles que ainda serão iniciados. Os conselheiros puderam fazer suas considerações, críticas e pressões para que as obras eleitas entrem em etapa de execução. O debate envolveu muitos representantes do governo, procurando explicar em detalhes as questões técnicas, e os conselheiros, como foram orientados pelo próprio governo, procurando fazer seu papel de fiscalização e cobrança por resultados práticos.
A região Carajás é formada pelos municípios de Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Marabá, Palestina do Pará, Parauapebas, Piçarra, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e São João do Araguaia. No debate, houve espaço para o destaque dos conselheiros que teceram elogios à atuação do governo, agradecendo pelas demandas já atendidas e outras que estão em processo de licitação, ou em fase de elaboração de projetos.
Esse é o caso da professora Kátia Regina dos Santos, 38 anos, conselheira do município de Curionópolis. Mesmo dando destaque para a pobreza reinante em sua cidade, a professora expôs a luta que a Cooperativa Mista de Agricultura e Produção Familiar (Coomipac), fundada há três anos, trava para fortalecer os agricultores rurais e conquistar os lotes de terra que darão segurança às 300 famílias da qual faz parte.
Um projeto voltado para a produção de frutas e animais em Curionópolis foi eleito para o PTP. A Coomipac buscou ajuda para elaborá-lo e o encaminhou à Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri). O documento foi analisado pelos técnicos da secretaria e devolvido aos agricultores com sugestões de ajustes. “Os técnicos fizeram seu trabalho e agora nós pedimos o apoio dos outros conselheiros do município para assinarem o documento, apoiando e reforçando o projeto, pois assim acreditamos ficar mais fortes, refletindo o desejo da comunidade inteira”, explicou Kátia.
Com o projeto, os agricultores esperam conseguir um terreno de 600 alqueires, ou 28.800 hectares, para assentar as famílias e garantir a segurança da produção. A Coomipac, segundo a professora, produz grande quantidade de maracujá e chega a colher, por safra, entre dezembro e março, 250 toneladas de taperebá, de árvores nativas da região. Além de cupuaçu, acerola e abacaxi, este ainda em fase inicial.
As frutas são beneficiadas na rede da cooperativa, nos municípios de Pauapebas e Marabá. O fruto vira suco, doces, bombons e polpas. A produção é vendida na região, mas também passa por Estados como o Maranhão e Tocantins, e o doce de taperebá já chegou a uma feira popular em Milão, na Itália. “Sendo muito apreciado, foi vendido primeiro que todos os outros produtos”. Kátia espera que o projeto esteja pronto para voltar a ser encaminhado em janeiro de 2009.
Sezostrys Costa, conselheiro de Palestina do Pará e membro da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, destacou as obras já contempladas por sua cidade. “Parte de nossas demandas já foram atendidas e estamos na expectativa do atendimento das demais. E ainda queremos aprovar outras para o orçamento de 2009”, declarou feliz. Como parte das demandas, Palestina já recebeu patrulhas mecanizadas para o reforço da agricultura familiar. Os equipamentos estão sob a responsabilidade do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Costa e os conselheiros de Palestina aguardam a licitação em andamento a respeito do microssistema de abastecimento de água, “uma necessidade emergente da comunidade”. Também esperam pelo início das obras de pavimentação da vicinal de acesso à Palestina e da abertura da estrada que liga o assentamento Conspel à sede do município. Dos 30 km da estrada, trecho da PA 459, o governo já atendeu 15 km e agora aguarda a liberação de recursos internacionais para a execução do restante. Segundo o conselheiro, esse dinheiro vem do Centro Andino de Financiamento (CAF).
Sezostrys aproveitou a oportunidade para agradecer pelo infocentro, instalado em Palestina, e que começa a operar no próximo mês de dezembro. “Sei que não veio do PTP, mas já ganhamos esse projeto, que vai garantir ótimas oportunidades de formação para nossos jovens”, ressaltou.
André Uchoa, da coordenação, e Tiago Broni, da superintendência do PTP, consideraram a plenária bastante concorrida e avaliaram como positiva as discussões. “Já esperávamos que fosse acontecer críticas e discussões acaloradas, pois os conselheiros foram formados para fiscalizar as obras, serviços e a ação do governo, e é natural que façam suas avaliações, mas acredito que todos entenderam as explicações dos técnicos e compreendam as etapas para planejar, licitar e executar as obras, para que saia tudo de acordo com as leis e normas técnicas”, comentou André.


Por Lázaro Araújo - Secom

www.pa.gov.br/portal/ptp

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CHEIAS ANTECIPADAS NOS RIOS PREOCUPAM RIBEIRINHOS DE DIVERSOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO

  Foto: Arquivo pessoal. Iniciando mês de janeiro de 2022, já percebemos o elevado nível das águas dos Rios Araguaia, Tocantins e Itacaiúnas (Marabá) é visível e já causa transtornos a moradores de áreas urbanas e ribeirinhas em diversas cidades da nossa região. Como de costume, pelas cheias de anos anteriores, muitos tem sido pegos de surpresas, ficando desabrigados e tendo que sair as pressas de suas residências, pois a previsão de chuvas tem sido maior que o esperado para este mesmo período do ano por exemplo, em 2021. Alguns municípios inclusive, não estavam preparados para tamanha cheia e impactos junto as famílias atingidas, que estão as pressas, organizando o apoio e retirada das famílias destes locais alagados, onde essas pessoas na sua grande maioria, vulneráveis, necessitam de alimentos, utensílios domésticos e moradia. Temos visto notícias de que Hidrelétricas de Estreito e Tucuruí tiveram suas comportas abertas para diminuir a pressão das cheias nos lagos das referidas ...

PALESTINA DO PARÁ - PA.

PALESTINA DO PARÁ - PA. Uma cidade localizada no Sudeste do Estado do Pará, com pouco mais de 7.000 (sete mil) habitantes, tem uma população humilde e hospitaleira, tendo uma grande prospecção turistíca, com um veraneio muito bom, sendo um grande atrativo para os turistas e pra juventude, e para população de toda a região no mês de Julho, tem um bom aparato em infra-estrutura no municipio, ficando a cerca de 7 km da BR 230 (Transamazônica), se encontra de braços abertos para lhe receber e acolher com muito carisma e solidariedade. Visite-nos, será um prazer ter você em nossa cidade, Do seu amigo, Sezostrys Costa

Novo coronavirus se alastra nas aldeias do sudeste do Pará 

Foto: Elton Suruí Os Últimos dias tem sido bastante turbulento para os indígenas do sudeste do Pará. A pandemia que assola o mundo, a covid-19, chegou nos lugares mais remotos como nas aldeias indígenas do Estado do Pará.  Um dos povos mais afetados pelo vírus tem sido a comunidade SuruÍ, localizada a 100 km de Marabá, na Br 153 entre os municípios de São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia. Na aldeia Sororó entre jovens e idosos já tem mais de 30 pessoas diagnosticadas com covid-19 e tantos outros ainda aguardando pra fazer o exame.  Nesta última quinta-feira, 04, a comunidade perdeu o guerreiro Warini surui e dois anciões foram transferido para os hospitais municipal de Marabá, onde encontra-se internados em tratamento.  Vale lembrar que p povo surui vive basicamente da coleta de castanha do Pará em período Sazonal, além de pequenos plantios de roças de subsistência e da caça.  Por ser uma comunidade que não recebe recursos de empresas de ...